A União Nacional dos Jogadores de Futebol Profissionais da França iniciou uma campanha solicitando que os próprios atletas discutam com seus clubes uma redução salarial por conta da pandemia da Covid-19. O argumento do sindicato é que muitos times foram gravemente afetados pela crise que paralisou o futebol por cerca de quatro meses e vem deixando os estádios vazios desde março.
- O UNFP convida os jogadores a discutirem rapidamente com os seus clubes as condições de redução das suas remunerações de forma a salvar o futebol profissional, fortemente afetado por esta crise e garantir que a temporada 2020/21 chegue ao fim - diz o sindicato em comunicado.
O posicionamento surge justamente após uma reunião nesta terça, na sede do sindicato, que envolveu quatro atletas representando os jogadores e cinco dirigentes como porta-vozes dos presidentes de clubes, além do gerente-geral da Liga Profissional de Futebol (LFP), Arnaud Rouger.
A entidade também afirma que o futebol francês precisará passar por uma "reforma abrangente", no formato das competições, número de clubes e quantidade de jogos anuais. E que isto será discutido nas próximas reuniões com representantes dos clubes e da liga.
O futebol francês foi um dos mais impactados pela paralisação da temporada 2019/20, causada pela pandemia da Covid-19. Um acordo entre clubes e a LFP decidiu pela finalização precoce da temporada, ainda em abril, deixando de lado a possibilidade de retomada meses depois - como ocorreu nas outras grandes ligas europeias. A medida - na época apoiada por diversas equipes e atletas, incluindo o sindicato - gerou um impacto nas finanças por conta dos acordos de direitos de TV interrompidos.
O presidente do Reims, Jean-Pierre Caillot, um dos representantes dos dirigentes na reunião desta terça, já havia deixado claro em entrevista recente ao "Le Monde" que a situação financeira dos clubes foi duramente abalada pela rescisão de contrato de TV.
- Se os clubes pedirem falência, os jogadores ficarão desempregados. E pela primeira vez saberemos que a indenização máxima (em caso de rescisão) é muito abaixo do salário médio de um jogador de futebol - disse Caillot.
Em abril, jogadores e clubes fizeram um acordo de redução salarial de até 50% dos vencimentos, enquanto o futebol permanecesse paralisado no país. A bola ficou sem rolar na França de março a agosto, quando a temporada 2020/21 foi iniciada, ainda com portões fechados.
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