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Brasil Repercussão

Igreja recebe festa de Exu e causa indignação nos fiéis; entenda

Pároco que alugou o espaço culpou o conservadorismo radical pela repercussão negativa

05/02/2025 07h15
Por: a voz dos municípios Fonte: Pleno News
Igreja recebe festa de Exu e causa indignação nos fiéis; entenda

A Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Vacaria, no Rio Grande do Sul, recebeu um evento religioso realizado pelo terreiro de umbanda Ogum Megê e Oxum. O salão paroquial foi alugado para a celebração do terceiro aniversário do terreiro, no dia 11 de janeiro. Mas o ato evoluiu para a realização de rituais religiosos, o que causou indignação nos fiéis, que comprovaram o ocorrido por imagens divulgadas nas redes sociais.

Diante da repercussão do caso e da revolta que tomou os membros da igreja, o pároco frei Protásio Ferronato teve de vir a público se manifestar sobre o episódio. Ele argumentou que houve um acordo para o aluguel do espaço, permitindo somente um evento de fim social, sendo vedada a prática de rituais religiosos no local. O religioso se lamentou pelo combinado não ter sido respeitado.

frei publicou no Instagram da Diocese de Vacaria uma carta aberta, também assinada pelo bispo da localidade, esclarecendo que a igreja não se tornou um terreiro de umbanda, ao contrário do que os fiéis, decepcionados, estavam afirmando.

Em entrevista ao UOL, o pároco disse que a decisão de alugar o salão paroquial foi tomada em nome do princípio da fraternidade e do diálogo inter-religioso. O religioso disse acreditar que o problema foi causado apenas por “falta de clareza na comunicação”, e que o terreito Ogum Megê e Oxum não agiu por má-fé.

Quanto à repercussão negativa nas redes sociais, após a divulgação de vídeos dos rituais nas dependências da igreja, o pároco atribuiu a culpa ao conservadorismo radical.

 

– Grupos, no melhor estilo farisaico, estão sempre prontos, com pedras nas mãos, desejando eliminar e sentindo prazer em atacar todos aqueles que não pensam como eles – afirmou Protásio Ferronato.

 

Do outro lado da história está a parte locatária, pai Rodrigo de Ogum Megê e sua esposa Marcele. Ambos garantiram que o espaço foi alugado em observância à lei, com tudo formalizado em contrato, inclusive o registro dos valores acordados pela locação do espaço. Eles afirmam que sempre agiram com respeito e transparência.

 

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